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13/12/2018

5 curiosidades sobre a história de Jundiaí

363 ou 362 anos? Dia 14 é o dia em que se comemora a elevação de Jundiaí (ou Jundiahy) à vila. O ano ainda parece incerto: 1655, 1656… a realidade é que a data oficial ainda é 1655. Portanto, Jundiaí fará 363 anos. E há muitos motivos para comemorar e celebrar esse dia. E de relembrar algumas curiosidades que fazem parte das origens de nossa cidade. Vamos listar algumas delas.

Os índios jundiaienses

Sabemos muito pouco dos nativos locais. Muita coisa é lenda, como a dos índios gigantes que viviam na Serra do Japi. Nada realmente comprovado. Mas pode-se dizer que eram basicamente, de quatro denominações: Carijó, Kayapó, Paresi e Bororo.

Onde nasceu a vila?

O primeiro assentamento urbano, que deu origem à vila de Jundiaí, ficava no topo de um morro encravado entre os rios Guapeva e Jundiaí, onde hoje está o centro histórico, sendo as primeiras ruas a Direita (hoje Barão de Jundiaí) e a dos Antunes (atual Rosário)

Petronilha Antunes e Rafael de Oliveira: o que sabemos deles?

A história é uma ciência humana, em constante mudança. Isso é muito interessante e percebe-se nesses dois personagens de nossa história. Diz-se que Rafael de Oliveira e Petronilha Antunes fugiram de São Paulo depois de assassinarem o marido dela. Nessa fuga chegaram, em 1615, ao Mato Grosso de Jundiaí (região onde hoje estão a região de Jundiaí, Campinas e todo o Nordeste do Estado de São Paulo até a divisa com Minas Gerais), onde levantaram uma capela invocando Nossa Senhora do Desterro.
Há pelo menos 150 anos, essa foi a versão mais conhecida e corroborada pelas pessoas que estudaram a história da cidade. De fato, é muito mais legal pensar que uma cidade surgiu por causa de um casal que precisou fugir e viver um amor “escondido”. Mas pouco dessa história parece ser verdadeira. Muitos historiadores e estudiosos apaixonados pela cidade já a desmentiram através de estudos (como, por exemplo, os irmãos Mario e Inocêncio Mazzuia, ou o padre Antonio Stafuzza, dentre outros). Mas (sempre tem um “mas” tratando-se de história) existiu uma Petronilha Antunes, sim. E um Rafael de Oliveira também. Mas a história dos dois, do assassinato etc… isso já não dá para comprovar.

Nossa primeira Câmara Municipal

Em 27 de janeiro de 1657, a câmara da vila de Jundiaí tem sua primeira ata lavrada. Toda a administração municipal era concentrada ali. Os três poderes (executivo, legislativo e judiciário) eram exercidos pelos chamados “homens bons”, descendentes dos europeus e que ocuparam as terras.
Segundo o documento (que está atualmente no Centro de Memória de Jundiaí), um homem chamado João Leme do Prado pede “chãos” na vila para que seus filhos pudessem construir suas casas. E assim como ele, tantos outros buscam regularizar suas posses e garanti-las para seus filhos e netos.

Jundiahy e o tropeirismo

Mas o grande incentivador do crescimento da vila nos seus primeiros 100 anos foi o tropeirismo. Uma quantidade enorme de carga saía do Sul e passava por aqui em direção a Minas Gerais. Ainda existem resquícios desse passado nos nomes de algumas ruas e bairros (como a ponte de São João, que assim chama porque ali começava a estrada que ligava Jundiaí à então vila de São João de Atibaia, por exemplo).
Os tropeiros e muares se encontravam, descansavam e comercializavam entre si em uma raça chamada Rocio. Ela ainda existe: é a atual Praça da Bandeira, onde fica o Terminal Central de ônibus urbanos.

Há muita coisa, ainda, a ser descoberta e a ser contada de nossa cidade. Terra querida que fica mais velha e nos enche de orgulho.
Viva Jundiaí! Parabéns!

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